O Brasil, líder global em exportações de algodão em 2024, prevê avanços significativos para a safra 2024/2025. Durante a 77ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do algodão e Derivados, realizada em Brasília, foram consolidados números da safra atual e discutidas projeções para o próximo ciclo. A produção beneficiada deve atingir 3,91 milhões de toneladas, representando um aumento de 5,8%. A área cultivada também será ampliada, com crescimento de 6,6%, chegando a 2,12 milhões de hectares. Apesar de uma leve redução na produtividade, o cenário geral segue otimista.
Destaques incluem a expansão das áreas no Piauí (+47,1%) e Minas Gerais (+33,1%), enquanto os maiores produtores, Mato Grosso e Bahia, crescerão 5% e 10%, respectivamente. Novas frentes, como a associação estadual no Pará, reforçam a força do setor. No mercado internacional, as exportações para 2024/2025 estão estimadas em 2,8 milhões de toneladas, consolidando parcerias com mercados como China, Vietnã e Paquistão.
Além dos desafios fitossanitários, como a ramulária e a mancha-alvo, tratados em estudos da Embrapa, o setor se beneficia de avanços na indústria têxtil. Em 2024, o segmento apresentou crescimento moderado na produção de têxteis e vestuário, mas enfrenta desafios como a alta carga tributária e a concorrência com importações. O foco na eficiência produtiva e na sustentabilidade é central para manter a competitividade global.
Segundo Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa, a liderança brasileira reflete a soma de esforços entre produtores, indústria e apoio governamental. Em 2025, o objetivo será consolidar essa posição, apostando em qualidade, eficiência e controle de custos para garantir o retorno aos produtores e fortalecer a cotonicultura nacional.