Voltar

Pesquisadores orientam sobre o manejo de pragas do sistema produtivo no 14º CBA

03 de Setembro de 2024

Ácaro, mosca-branca, tripes e a lagarta spodoptera frugiperda. Para além do bicudo, as pragas que mais ameaçam a produtividade das lavouras de algodão estiveram em pauta hoje na programação do 14o Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA).  No hub Manejo de pragas do sistema produtivo, pesquisadores em entomologia forneceram aos produtores do setor uma série de informações úteis para a proteção de suas safras a partir dos resultados de pesquisas atuais.


Com um trabalho focado no manejo de ácaros e da mosca-branca no cerrado, o biólogo e entomologista do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), Jacob Crosarial Netto, enfatizou o avanço destas pragas na lavoura, provocado, entre outras coisas, pelas mudanças nas condições climáticas. “Há dez anos, estas eram pragas de baixa relevância; hoje, apesar deste ácaro não gostar de umidade, temos visto alta população do inseto, mesmo em climas chuvosos”, relata o pesquisador, que é mestre e doutor em Agronomia – Entomologia Agrícola pela Universidade Estadual Paulista (FCAV/UNESP – Jaboticabal).


Na sequência, a pesquisadora na área de Entomologia da Fundação de Apoio a Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso – Fundação Mato Grosso, Lucia Vivian, abordou o manejo biotecnológico da lagarta spodoptera fugiverda nas culturas de soja, milho e algodão. “Esta praga tem uma plasticidade muito grande e que se adapta a diferentes condições ambientais e paisagens”, afirmou a pesquisadora, ao enfatizar uma série de cuidados que devem ser adotados no manejo. “Não é uma questão só de escolher o produto certo, mas ter cuidado com a tecnologia de aplicação, entre outras estratégias, para ter um controle mais efetivo da praga”, destacou.


Já o professor Marco Tamai, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), enfocou os problemas com os tripes nas lavouras baianas, enfatizando desde a fisiologia do inseto até orientações para a avaliação e monitoramento, adoção de cultivares e pulverização do algodão, entre outros fatores, também com ênfase em resultados de pesquisa e orientações para o manejo. “O treinamento das equipes responsáveis pelo monitoramento, por exemplo, é fundamental para obter informações de qualidade do campo”, sinalizou o pesquisador.

Quer ficar por dentro de tudo
que acontece no Portal Abrapa?

assine nossa newsletter