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Ampa e Abrapa promovem workshop sobre a qualidade da fibra em Cuiabá

Curso promovido pela Ampa, com apoio da Abrapa, reuniu produtores rurais e profissionais-chave do setor.

29 de Maio de 2025


A Ampa (Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão) em parceria com o Instituto Mato-grossense do Algodão (IMA-mt) e apoio da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) promoveu o Encontro Qualidade de Fibra Mato Grosso, em 27 de maio, em Cuiabá. O objetivo foi apresentar aos produtores soluções práticas, e as informações mais atualizadas sobre qualidade do algodão, do plantio às boas práticas na escolha das variedades, manejo de pragas, colheita e no beneficiamento, com enfoque especial na realidade mato-grossense.  


O evento técnico contou com a presença de produtores e profissionais do setor algodoeiro, que buscam aprimorar a qualidade da fibra produzida no estado. Gustavo Piccoli, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), abriu o workshop ressaltando a importância de buscar a excelência da qualidade do algodão brasileiro e do papel estratégico do Mato Grosso na cotonicultura nacional.   


Redução dos problemas x aumento da qualidade 


As palestras foram focadas na resolução de quatro principais desafios identificados por produtores e especialistas na qualidade do algodão são eles: a redução da presença de fibras curtas; a eliminação da pegajosidade; a contaminação por plástico; e a redução de impurezas e dos fragmentos na pluma. Os palestrantes apresentaram cases e fizeram mesas redondas para que os convidados pudessem compartilhar suas experiências e aprendizados.  


A apresentação do diretor da Ecom Cotton, Antônio Esteves, ressaltou a importância do planejamento na produção de um algodão de qualidade superior. De acordo com Antônio, uma safra resultante de planejamento de qualidade, consegue produzir um algodão com maior valor agregado e melhores condições de competir por espaço no mercado interno e internacional, além de demonstrar alinhamento da cadeia produtiva. “A pegajosidade (stickiness) e a presença de casquinhas de sementes (seed coat fragments) no algodão têm impactos negativos muito significativos tanto na produção têxtil quanto na qualidade final do fio e tecido. Esses fatores resultam em problemas para a indústria de fiação e, portanto, devem estar no radar dos produtores e técnicos”, destacou Antônio, que também apontou a concorrência das fibras naturais com as sintéticas (como o poliéster) como o principal desafio do setor. 


Os controles de contaminantes por açúcares entomológicos, por plásticos e fragmentos de cascas, também foram discutidos por especialistas do setor, entre eles o presidente do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) e produtor de algodão, Alexandre Schenkel, que participou dos painéis para falar sobre as melhores práticas adotadas pelos produtores para diminuir os riscos de contaminação da lavoura ao beneficiamento.    


Missão da Abrapa 


A tecnologia e boas práticas para reduzir a produção de fibras curtas, também foi tema central abordados pelos participantes. Segundo o Diretor Executivo da Abrapa, Marcio Portacarrero “Eu acredito que a Abrapa tem uma missão muito interessante de promover o debate e disponibilizar informação relevante sobre qualidade para todos os estados produtores da fibra. Essa troca de conhecimentos possibilita que os cotonicultores brasileiros tenham um algodão cada vez melhor e mais competitivo”.  


O evento teve um público de aproximadamente 300 pessoas, entre operadores de unidades de beneficiamento, técnicos de laboratórios, agrônomos e agricultores das principais regiões produtoras de Mato Grosso. A Ampa já tem datas previstas para a realização das próximas edições do workshop de qualidade da fibra nos municípios de Campo Verde (17/06) Sorriso (24/06) e Campo Novo do Parecis (26/06). 

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