Com a safra 2023/2024 quase concluída, a 77ª reunião da Câmara Setorial do Algodão, realizada em Brasília, apresentou os dados recentes e expectativas para 2024/2025. O Brasil, que se tornou o maior exportador mundial de algodão, deve manter essa posição, com um aumento projetado de 5,8% no volume beneficiado, passando de 3,69 milhões de toneladas para 3,91 milhões. A área cultivada deve crescer 6,6%, alcançando 2,12 milhões de hectares.
Os estados com maior expansão são Piauí (47,1%) e Minas Gerais (33,1%). A nova associação no Pará aumentará a área cultivada de 145 para 500 hectares. O presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, destacou a importância das reuniões para abordar as necessidades do setor e a parceria com a ApexBrasil.
As exportações alcançaram 945 mil toneladas até novembro de 2024, com projeções de 2,8 milhões de toneladas para 2024/2025. Os principais destinos são China, Vietnã e Paquistão. No mercado interno, o preço médio foi de R$ 4,0654/lb, mas a demanda está enfraquecida devido a fatores econômicos.
Na indústria têxtil, houve crescimento na produção de têxteis (3,6%) e vestuário (1,7%), mas as exportações caíram 5,6%. Para 2025, 45% dos empresários estão otimistas, apesar de desafios como falta de mão de obra e alta carga tributária. Estão previstos investimentos em tecnologia e treinamento.
A fitossanidade do algodão, incluindo doenças como ramulária e mancha-alvo, foi debatida na reunião. O pesquisador Fabiano Perina ressaltou a importância de estratégias integradas para garantir a sustentabilidade da produção e reduzir perdas econômicas.
Fonte: Abrapa
Acesso em: https://agromais.uol.com.br/2024/12/04/brasil-deve-continuar-na-lideranca-das-exportacoes-de-algodao/