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Algodão brasileiro é destaque em debate sobre sustentabilidade e consumo responsável no evento Diálogos Sustentáveis

Evento promovido pela empresa Lamparina, em parceria com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, promoveu uma discussão sobre a moda e o consumo responsável

24 de Setembro de 2024

Na última terça-feira, 24, Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e gestora do movimento Sou de Algodão, participou do evento Diálogos Sustentáveis, na Casa de Cultura Laura Alvim, no Rio de Janeiro. Promovido pela empresa especializada Lamparina Comunicação e Sustentabilidade, em parceria com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, o evento teve o objetivo de realizar conversas sobre gestão sustentável, devido à aproximação  da reunião da cúpula do G20 que acontecerá na cidade em novembro. Foram três painéis e ativações de comunicação que levaram assuntos relacionados ao tema.


Silmara Ferraresi marcou presença no painel “a moda e o consumo responsável - economia circular, geração de renda e impactos ambientais da indústria”. Junto com a executiva, marcaram presença Thays Rossini, Gerente de Sustentabilidade da Lojas Renner S.A., Ana Carolina Poeys, Analista de Sustentabilidade do Grupo SOMA, Carolina Muller, Assessora da Secretaria de Ambiente e Sustentabilidade do Estado do Rio de Janeiro, e Larissa Greven, Fundadora e CEO da Oficina Muda.


Durante sua apresentação, Silmara falou sobre a sustentabilidade e a rastreabilidade na moda. Primeiro, trouxe dados do algodão brasileiro, que evidenciam o trabalho do produtor e comprovam a importância da fibra para a cadeia nacional. Alguns dos principais pontos destacados foram a posição de liderança mundial do Brasil na exportação do algodão responsável, o terceiro lugar em produção global da fibra, a capacidade de fornecer integralmente a demanda da fibra para a indústria local, além de os setores têxtil e de confecção serem o segundo maior na geração de empregos no País.


Esses números comprovam que o algodão é uma das fibras mais importantes para o mercado da moda nacional e, por isso, a Abrapa desenvolve um trabalho pensando na sustentabilidade, com o programa ABR (sigla para Algodão Brasileira Responsável), criado em 2012, que certifica as unidades produtivas que seguem critérios sociais, ambientais e econômicos; e na rastreabilidade, com o Sistema Abrapa de Identificação (SAI).


Além desses, conta com o SouABR, primeiro programa de rastreabilidade de ponta a ponta da cadeia têxtil. O único, em escala mundial, que entrega ao consumidor todo o caminho percorrido da peça, desde a origem da matéria-prima até a prateleira da loja. Hoje, em quase três anos de existência, já somou quase 160 mil peças rastreáveis, que reúnem 72 fazendas certificadas ABR e 62 produtores. Para a fabricação dessas peças, foram necessários 21 mil fardos de algodão, mais de 2 milhões de kg de pluma, 38 mil metros de tecido e mais de 82 mil kg de malhas.


"A rastreabilidade nessa cadeia é fundamental para garantir transparência e responsabilidade em todas as etapas de produção. Ela permite que consumidores façam escolhas mais conscientes, sabendo a origem de suas peças e o impacto socioambiental envolvido. Além disso, é um diferencial competitivo para as marcas que buscam se destacar em um mercado cada vez mais exigente e alinhado com práticas sustentáveis”, explica.


Na apresentação da Lojas Renner S.A., Thays Rossini, Gerente de Sustentabilidade, falou sobre os produtos mais sustentáveis que a marca entrega e, principalmente, sobre o Guia de Moda Circular. Disponibilizado para a equipe de design da Renner, o manual ajuda a trabalhar a circularidade nos processos criativos e no lançamento de novos produtos. Além disso, a empresa também conta com o Guia de Riscos Climáticos, entregue para toda a cadeia da empresa, inclusive fornecedores, para que todos possam entender como esses riscos estão associados no dia a dia do trabalho e como podem reduzir os impactos.


Já Ana Carolina Poeys, Analista de Sustentabilidade do Grupo SOMA, apresentou seu trabalho com a circularidade e a parceria com a Oficina Muda, uma multimarca de moda e decoração Upcycling. A empresa faz a doação de tecido e resíduos têxteis do processo produtivo, para que a Oficina possa trabalhar com o processo de Upcycling, reciclagem e fornecer esses materiais para artesanato, por exemplo.


Para finalizar, o evento Diálogos Sustentáveis proporcionou uma troca de conhecimentos e experiências entre as painelistas e o público, destacando a importância da sustentabilidade na moda, com iniciativas concretas e inovadoras.

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