Fortaleza, 9 de setembro de 2024 – A rastreabilidade do algodão é cada vez mais importante para o setor, principalmente para a exportação, onde o Brasil precisa alocar um grande volume. “Muitas de nossas exportações são indiretas. Vendemos para a Ásia, mas parte dos consumidores têxteis finais está na Europa e nos Estados Unidos”, explica Marcelo Duarte, diretor de Relações Internacionais da Abrapa – Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, que concedeu entrevista exclusiva à Agência Safras News, durante o 14o Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), em Fortaleza.
Duarte lembra que a Europa e os Estados Unidos impõem restrições que impactam na demanda pelo algodão. “As fábricas têxteis estão na Ásia, mas eles querem saber de onde vem o fio que compram a roupa”, explica. O Brasil precisa atender esta demanda, entregando produto rastreável.
Neste caminho, a Syngenta é a primeira empresa a utilizar peças que tem rastreabilidade de um programa da Abrapa. “Todos os nossos colaboradores do estande no Congresso estão usando camisas totalmente rastreáveis, de ponta a ponta”, explica Rafael Borba, gerente de Marketing Algodão da marca.
Segundo o gerente, o projeto estimula o consumo de fibra natural e sustentável. “Isto nos ajuda a buscar novos mercados e entrar em países mais difíceis”, justifica.