Os resultados mais recentes acerca do controle biológico e químico da ramulária, mancha-alvo e de nematoides em algodoeiro foram mostrados nesta quarta-feira (04), durante a sala temática coordenada pelo fitopatologista da Embrapa Algodão, Fabiano Perina, no 14º Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA), promovido pela Associação Brasileira dos Produtores do Algodão (Abrapa). O encontro desta quarta-feira (04) contou com a participação da nematologista do Instituto Goiano de Agricultura (IGA), Laís Fontana, e do consultor da Ceres Consultoria Agronômica, pesquisador Guilherme Ohl.
“Esses são principais problemas de doenças que a cultura do algodoeiro enfrenta atualmente no Brasil”, afirma Perina. Para o especialista, esse desafio, especialmente no caso da mancha-alvo, chamou a atenção de todos os produtores de algodão nas últimas safras e exige uma atuação também na parte inferior da planta. “A arquitetura da planta é crucial, assim como a escolha dos talhões e a tecnologia de aplicação. Esses aspectos podem ser fundamentais para enfrentar o problema de maneira mais eficaz”, explica.
Com o aumento do cultivo de algodão em regiões mais quentes, há uma expectativa de crescimento na incidência de nematoides e doenças de solo. Isso também aumenta a necessidade de variedades tolerantes ou resistentes a essas condições adversas. Ohl destaca que a resposta rápida é crucial para combater as pragas: “Entre identificar o problema e executar as operações necessárias, o tempo de resposta faz toda a diferença. A fazenda que demora para tomar decisões perde produtividade. Agir o mais rápido possível é fundamental e pode fazer uma grande diferença na lavoura.”
Além disso, diversos fatores devem ser considerados na tomada de decisão, incluindo a época de semeadura, o vazio sanitário, a resistência genética, a tolerância das plantas, a rotação de culturas, a fertilidade equilibrada, e os controles biológico e químico. “Esses aspectos são essenciais para desenvolver uma estratégia eficaz de manejo e garantir o cultivo de algodão”, diz.
Nematoides
Na ocasião, a pesquisadora Laís Fontana apresentou o trabalho desenvolvido pelo IGA a respeito de nematoides. “Os primeiros trabalhos desenvolvidos estão focados no alinhamento de uma metodologia clara e eficaz. Estamos avaliando quais produtos funcionam melhor para fornecer uma resposta mais robusta aos produtores”, informa. No que diz respeito à ramulária e à mancha-alvo, ela explicou que a eficiência dos tratamentos foi reduzida, em grande parte devido às condições climáticas. “Vamos aguardar o próximo ano para avaliar os avanços e a eficácia das estratégias adotadas.”