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14ª CBA debate importância de associar uso de defensivos com controle biológico de pragas

04 de Setembro de 2024

 Como parte da programação do 14º Congresso Brasileiro do Algodão, especialistas discutiram, na tarde desta quarta-feira (dia 4), o tema Evolução da Endomofauna no Sistema. O hub temático foi coordenado pelo agrônomo e professor da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Geraldo Papa. Também participaram da atividade os professores Jorge Braz Torres, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), e José Bruno Malaquias, da Universidade Federal da Paraíba - Campus de Areia.


Entomofauna é o termo utilizado para se referir ao conjunto de espécies de insetos de uma determinada região. O professor Geraldo Papa fez abertura do hub, traçando um histórico do desenvolvimento da cotonicultura no Brasil, a partir da década de 1980, quando a cultura se concentrava ainda nas regiões de São Paulo e Paraná, com menos escala e baixo uso de tecnologia. Desde então, a atividade cresceu, assim como as pragas e doenças que causam prejuízos e perdas, a exemplo do pulgão e, principalmente do bicudo. “Estamos aqui mostrando a evolução tecnológica por qual passa todo o setor produtivo, incluindo a indústria de defensivos que vive um período de grande modernização de seus produtos, introduzindo no mercado inseticidas e acaricidas menos tóxicos”, explica Geraldo Papa.


Durante sua palestra Jorge Braz Torres abordou o tema Inimigos naturais no sistema de produção do algodoeiro. “Temos a possibilidade de termos esses animais trabalhando gratuitamente a nosso favor e acabando com pragas que causam doenças ou destroem as plantações", explicou, enfatizando que, por isso, é importante pensar no uso de defensivos que possam conservar a presença desses inimigos naturais.


Já José Bruno Malaquias falou sobre Biotecnologias para algodoeiro – evolução e gestão da resistência. Segundo ele, que participa de grupos internacionais de estudos, o Brasil causa grande preocupação no mundo pela resistência, cada vez maior, das pragas a toxinas e plantas geneticamente modificadas (Bt). “Nosso trabalho envolve o uso de modelos computacionais que possam ajudar a criar sistemas que facilitem o combate a pragas e doenças, associando o uso de defensivos ao controle biológico”, disse o professor, destacando que esse equilíbrio é fundamental.

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