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Brasil supera EUA e se torna maior exportador de algodão do mundo

Meta, que era prevista para ser alcançada apenas em 2030, foi batida antes mesmo do encerramento da safra 2023/2024

03 de Julho de 2024

O Brasil, pela primeira vez, tornou-se o maior exportador mundial de algodão, superando os Estados Unidos.


A meta, que era prevista para ser alcançada apenas em 2030, foi batida antes mesmo do encerramento da safra 2023/2024 (julho de 2023 a junho de 2024. As informações são da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).


Conforme a associação, no entanto, o posto não necessariamente se manterá no próximo ciclo 2024/25, mas Brasil e Estados Unidos devem continuar emparelhados ou se alternando no topo do ranking futuramente.


Segundo dados da Abrapa, na safra 2023/24 o Brasil deve colher cerca de 3,7 milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma) e as exportações alcançarão cerca de 2,6 milhões de toneladas.


A colheita começa a acelerar no País, mas cerca de 60% da produção já foi comercializada. Em comunicado, o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, disse que “a liderança no fornecimento mundial da pluma é um marco histórico, mas não é uma meta em si, e não era prevista para tão cedo.


Antes disso, trabalhamos continuadamente para aperfeiçoar nossos processos, incrementando cada dia mais a nossa qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade, e, consequentemente, a eficiência”.


Schenkel destaca, ainda, que há pouco mais de duas décadas, o Brasil era o segundo maior importador mundial.


O aumento da produção de algodão no Brasil traz desafios, também, para a indústria têxtil nacional, cujo consumo, nos últimos anos, está estacionado em torno de 700 mil a 750 mil toneladas de pluma.


Segundo o presidente da diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, a entidade e a Abrapa discutem caminhos para aumentar a produção de fios e tecidos no País, para 1 milhão de toneladas ao ano.


Pimentel declarou que “é preciso fazer acontecer. E uma das primeiras condições é estimular o consumo no ponto de venda.


A nossa indústria tem sofrido ataques recorrentes das importações de países que nem sempre concorrem lealmente conosco. São origens que têm custos mais baixos, menos impostos e juros mais competitivos.


Não é uma agenda simples, mas acredito que podemos trabalhar com ênfase na sustentabilidade, no respeito ao meio ambiente, em energia limpa e em certificação”.

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