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Abrapa e laboratórios participantes do SBRHVI discutem desvios e medidas corretivas com Mapa

14 de Junho de 2024

Em 14 de junho, membros da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e dos 12 laboratórios habilitados no Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) participaram de uma reunião online, com a equipe do Serviço Regional de Operações Avançadas de Autocontrole, Monitoramento, Certificação e Rastreabilidade (Seamc), um órgão vinculado ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Na ocasião, foram discutidos os desvios nos procedimentos em relação às normas estabelecidas, os quais foram identificados durante as visitas de verificações feitas pelo órgão federal, em 2023. O objetivo foi esclarecer dúvidas e debater ações preventivas e corretivas, com foco nas boas práticas laboratoriais e no cumprimento do Regulamento Técnico do Algodão em Pluma (IN24/2016).


“Ao destacarmos as inconformidades mais frequentes identificadas na safra 2022/2023, elaboramos orientações gerais sobre padronização de procedimentos. Além disso, compartilhamos exemplos de soluções desenvolvidas por um determinado laboratório para resolver esses problemas específicos. Essa troca de experiências e orientações visa promover a melhoria contínua e o aprendizado mútuo dentro do setor”, explicou Cid Alexandre Rozo, auditor federal agropecuário do ministério. As irregularidades identificadas abrangeram diferentes aspectos do processo de análise de amostras de algodão. Entre elas, foram constatadas amostras com peso inferior a 150 gramas e dimensões irregulares, violando as normas estabelecidas. Além disso, a ineficiência no procedimento de climatização das amostras também foi observada, o que pode afetar a estabilidade das mesmas e, consequentemente, a precisão dos resultados.


Oportunidade de melhorias  


O Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), pertencente à Abrapa, possui a habilitação como Serviço de Controle Autorizado (SCA) pelo Mapa. Como resultado, recebeu o ofício contendo a lista de irregularidades identificadas durante as visitas de verificação em laboratórios de classificação de pluma. Silmara Ferrarsesi, diretora de relações institucionais da entidade, enfatizou: “Como associação, fizemos questão de informar a todos os laboratórios sobre os pontos observados durante as fiscalizações”.


O auditor federal agropecuário destacou que, para a safra de 2023/2024, é imprescindível que os laboratórios ajustem seus procedimentos de acordo com as normas de classificação de algodão. Em particular, enfatizou-se que a utilização da máquina de HVI deve seguir estritamente as instruções fornecidas pelo fabricante. Foi ressaltado que o não cumprimento dessas regulamentações acarretará em ações punitivas, que incluem desde auto de infração até mesmo o impedimento de prestação de serviços de classificação laboratorial de pluma. Essas medidas visam garantir a integridade e a qualidade dos procedimentos de classificação, assegurando a confiabilidade dos resultados obtidos.

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