De 05 a 07 de junho, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) organizou mais um curso de capacitação e qualificação de inspetores de algodão em pluma, desta vez voltado para participantes do Estado de Mato Grosso. O treinamento, supervisionado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foi realizado no laboratório da Unicotton, situado em Primavera do Leste (MT), com o objetivo de capacitar os profissionais nos laboratórios para o Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB), na safra 2023/2024. Além de realizar a inspeção das amostras, eles têm a responsabilidade de garantir resultados confiáveis, o que implica assegurar que as verificações sejam conduzidas a cada 200 análises, mantendo uma taxa de confiabilidade igual ou superior a 90%.
“Foram abordados aspectos técnicos para preparar os profissionais na realização do autocontrole nos pontos críticos do processo, desde a retirada das amostras até a análise do algodão para a certificação oficial do Mapa. Preparamos e qualificamos os profissionais que atuarão nos laboratórios, enfrentando o desafio de analisar mais uma safra que promete ser recorde. Fico satisfeito em ver uma equipe tão motivada e comprometida com o setor do algodão”, explicou Edson Mizoguchi, gestor do programa de Qualidade da Abrapa.
Exclusivo para os inspetores de Mato Grosso, o encontro abordou não apenas questões técnicas, mas também o posicionamento do algodão brasileiro. "Apresentamos as ações realizadas nos pilares de atuação da Abrapa e reservamos um tempo para discutir sobre rastreabilidade e o movimento Sou de Algodão e o programa SouABR, visando proporcionar aos participantes uma visão abrangente do setor", explicou Silmara Ferraresi, diretora de relações institucionais da entidade.
Para Pamela Fergutz, coordenadora de Gestão da Qualidade da Unicotton, o treinamento chegou em um momento oportuno. "Foi uma oportunidade única para todos os laboratórios que iniciarão a safra, agregando muito conhecimento e informações valiosas. Os palestrantes são verdadeiros especialistas no assunto e conseguiram transmitir os conceitos de forma acessível, com uma linguagem que todos pudessem compreender. A experiência foi extraordinária", assegurou.
O gestor do laboratório da Kuhlmann, localizado em Rondonópolis (MT), Guido Souza Santana, expressou sua satisfação com o encontro, enfatizando a participação significativa de membros da empresa. "Buscamos constantemente melhorias para o laboratório, e essa experiência foi extremamente importante, enriquecendo nosso conhecimento e prática", afirmou ele.
Com temas diversificados, a capacitação abrangeu aspectos técnicos e legais das Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBAs); dos laboratórios de análise de HVI; do Programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) – sistema que tem a qualidade como foco, padronizando a classificação instrumental do algodão, informatizando o acesso aos dados de classificação; da legislação vigente; do Sistema Abrapa de Identificação (SAI) e de toda a operação do Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro.
“Foram abordados temas relevantes, como os pilares do programa SBRHVI, PQAB e o SAI. Esclareceu muitas dúvidas e aprendemos boas práticas para aplicar em nosso dia a dia, aumentando, assim, a nossa confiabilidade”, afirmou Ana Paula da Silva, operadora de HVI e líder de turno, do laboratório Cooperfibra, localizado em Campo Verde (MT). Silvia Jacobina Pereira, coordenadora de laboratório instrumental da Unicotton, endossou: “o curso foi excelente, proporcionando um grande conhecimento”.
Além da instrução teórica, os inspetores também participaram de atividades conforme estipulado nos manuais de boas práticas, tanto do SBRHVI quanto do PQAB. Posteriormente, foram submetidos a uma avaliação, na qual a nota mínima exigida foi sete.