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Programação abrangente: salas temáticas do 14º CBA exploram desde mudanças climáticas até o mercado de algodão

04 de Junho de 2024

O desafio das condições climáticas adversas no cultivo do algodoeiro será o tema da plenária técnica do 14º Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA). Com o intuito de esclarecer as principais dúvidas dos congressistas, as palestras do agroeconomista Eduardo Delgado Assad, do consultor de fitotecnia e fisiologia Ederaldo Chiavegato, e do professor da Unesp, Odair Fernandes, abordarão aspectos como produção agrícola, desenvolvimento do algodoeiro e dinâmica das pragas, respectivamente, analisados sob a perspectiva das intempéries e seus impactos na cotonicultura do país. Promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o evento acontecerá de 03 a 05 de setembro, em Fortaleza/CE.


"Este ano, os congressistas provavelmente estarão interessados em compreender o que ocorreu, por que e se há possibilidade de mitigar os efeitos da variabilidade climática. Certamente, essas dúvidas serão elucidadas durante as palestras técnicas e workshops, que seguirão o formato tradicional e serão realizadas no período da tarde dos três dias de congresso", afirmou Jean Belot, pesquisador do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) e coordenador-geral da Comissão Científica do 14º CBA, referindo-se aos eventos climáticos que influenciaram a produção, dentre outros, como as chuvas no Rio Grande do Sul.


Além da plenária técnica, o Congresso terá três tempos de seis salas temáticas, divididas em hubs dispostos, simultaneamente, em um espaço hexagonal. O público participará das apresentações com fones de ouvido e terá a flexibilidade de poder migrar entre as salas, conforme o interesse no tema, sem precisar definir previamente as palestras de preferência. Na tarde do terceiro dia, seis workshops serão conduzidos simultaneamente.


Com o tema “Algodão Brasileiro: Construindo história rumo ao protagonismo mundial”, a expectativa de público para o 14º CBA é de mais de três mil pessoas. A cada dois anos, o evento reúne não apenas a comunidade científica, mas também produtores e representantes de toda a cotonicultura, para a troca de conhecimentos, experiências e estratégias para enfrentar os desafios que afetam a produção de algodão no Brasil.


 


Salas temáticas


Uma parte importante da programação são as salas temáticas, que abordarão uma ampla variedade de tópicos, incluindo mercado de algodão, sustentabilidade e meio ambiente, controle de pragas, tecnologia e inovação. Essas sessões ocorrerão sempre durante o período da tarde.


Para este evento, foram convidados 76 palestrantes, incluindo dois especialistas internacionais. “Organizamos, no total, 19 salas temáticas e seis workshops por eixo, de acordo com a natureza do assunto, que são: entomologia; fitopatologia e nematologia; qualidade, colheita, beneficiamento e agronomia, sustentabilidade e fisiologia”, informa Belot. Uma das salas temáticas é a plenária, que será feita para todo público presente.


Na sala 1, o destaque será o manejo do bicudo-do-algodoeiro, com a coordenação da pesquisadora da Fundação MT, Lucia Vivan. Integram o painel os consultores Walter Jorge, Marcio Souza e Paulo Degrande. A sala 2 segue com a mesma temática, porém, com enfoque no uso de ferramentas para o controle da praga, conduzida pelos pesquisadores Júlio César Bogiane (Embrapa) e Edson Andrade (IMAmt), além do diretor da Amipa, Licio Augusto Pena de Sairre.


O manejo de pragas do sistema de produção é o tema da sala 3, com coordenação do pesquisador Jacob Netto (IMAmt) e presença de Lucia Vivan e do entomologista Marco Tamai (Universidade do Estado Bahia). Na sala 4, a evolução da entomofauna no sistema será tratada pelo professor Geraldo Papa (Unesp) e seus convidados, os professores Jose Bruno Malaquias (Universidade Federal da Paraíba) e Jorge Torres (Universidade Federal Rural de Pernambuco).


A evolução da ocorrência e do manejo de nematoides no algodoeiro com olhar no sistema de produção será o assunto da sala 5, coordenada pelo pesquisador Rafael Galbieri (IMAmt). Os pesquisadores da Embrapa Guilherme L. Asmus e Nelson Dias Suassuna completarão a lista dos palestrantes. Galbieri também supervisionará a sala 6, cujo tema será evolução da ocorrência e do manejo da ramulária e de manchas no algodoeiro. Os professores Sergio H. Brommonschenkel (Universidade Federal de Viçosa) e Danilo Pinho (Universidade de Brasília) integrarão a equipe.


“O combate à mancha-alvo, uma das doenças mais relevantes do algodoeiro, também será um tema muito procurado pelos congressistas, devido à criticidade da ocorrência dessa doença esse ano”, avalia o coordenador.


Na sala 7, os resultados dos ensaios em cooperação de doenças e nematoides e ações práticas de manejo serão abordados pelo coordenador, o pesquisador Fabiano Perina (Embrapa) e os palestrantes Lais F. Fontana (Instituto Goiano de Agricultura) e Guilherme Ohl (Ceres Consultoria).


A produção sustentável do algodão será assunto para os cases de sucesso, na sala 8. A coordenação será do pesquisador Fernando Lamas (Embrapa), com a participação de William Matté (Grupo MeC), do agrônomo Ricardo Atarassi e do consultor Evaldo Kasushi Takisawa. O diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, conduzirá o tema impulsionando a sustentabilidade na produção de algodão: da visão de programas a indicadores ambientais, com a presença da pesquisadora Beata Madari (Embrapa) e Juliana Lopes (Grupo Amaggi), na sala 9.


Com a coordenação do agrônomo Cézar Busato, a sala 10 irá tratar de mudanças fisiológicas da planta para adaptação a estresses abióticos e terá a participação de Katarzyna Glowacka, Universidade de Nebrasca (EUA), e do pesquisador José Salvador Simoneti Foloni (Embrapa). Na sala 11, os participantes terão o perfil e fertilidade do solo como estratégia para minimizar as consequências da variabilidade climática, sob supervisão de Fernando Lamas. Participarão Júlio Cesar Salton, Álvaro Vilela Resende e Ieda Mendes, todos pesquisadores da Embrapa.


Na sala 12, modelos de sistema de produção para algodoeiro: impactos no perfil e estoque de carbono no solo serão debatidos sob supervisão de Alexandre Cunha de Barcelos Ferreira (Embrapa). Farão parte do painel Junior Cézar Avanzi (Universidade Federal de Lavras) e Fábio Ono (SLC Agrícola).


O diretor de relações internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte, levará o tema índice de fibras curtas e o impacto na qualidade do algodão brasileiro para a discussão na sala 13, com a presença do consultor têxtil Samuel Yanase e Jean Belot. Como melhorar a qualidade da fibra do algodão brasileiro será tratado na sala 14, com coordenação de Edmilson Santos (SLC Agrícola), e palestras de Fabio Echer (Universidade do Oeste Paulista) e Jean Belot.


Sob coordenação e participação de Arlindo Moura (Santa Colomba Agropecuária), a controladoria e gestão para perpetuar os negócios será apresentada na sala 15. O pesquisador Murilo Maeda levará para a sala 16 os desafios e as novas ferramentas para melhorar as cultivares de algodão, com palestras dos também pesquisadores Camilo de L. Morello e Pedro Henrique Araújo Diniz.


Na sala 17, o produtor Celestino Zanela apresentará o tema: qual espaço temos para o cultivo algodoeiro irrigado no Brasil, com a participação dos consultores Everardo Mantovani e Igor Santos. Por fim, a evolução da colheita e beneficiamento, e impacto na qualidade da fibra será abordada na sala 18, com supervisão de Jean L. Chanselme (Cotimes) e presenças de Paulo Otávio Parreira (supervisão de manutenção) e Jonas Nobres (Laferlins Corretora). Os painéis se realizarão sempre na parte da tarde e com horários diferenciados. Para mais informações sobre a programação, consulte 14º Congresso Brasileiro do Algodão - CBA 2024 (congressodoalgodao.com.br)

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