O emprego do hidrogênio verde na cadeia produtiva do agro e a proposta de criação do Selo Verde Brasil para certificar produtos sustentáveis foram os principais assuntos da pauta apresentados durante a 49ª Reunião Ordinária da Câmara Temática de Agricultura Sustentável e Irrigação (Ctasi) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que ocorreu nesta terça-feira, dia 14 de novembro, em Brasília. A reunião foi realizada de forma presencial e por videoconferência, com integrantes da Câmara e representantes de entidades, como a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).
De acordo com a proposta apresentada, o Selo Verde Brasil busca criar um mecanismo para fortalecer a competitividade dos produtos e serviços obtidos com baixa emissão de carbono. A apresentação, realizada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), destacou a intenção de criar uma certificação única, reconhecendo práticas responsáveis que atendam aos requisitos socioambientais exigidos pelos mercados globais ao longo do ciclo de vida da produção.
A coordenadora de Sustentabilidade da Abrapa, Bárbara Bonfim, que acompanhou a reunião, esclareceu que o programa deverá ser voluntário, centrado na avaliação de conformidade, abrangendo produtos e serviços com ciclo de vida socioambiental responsável, incluindo a rastreabilidade da produção, pegada de carbono, gestão de resíduos sólidos e o consumo de água.
Outro assunto tratado foi a nanotecnologia do solo e o emprego do hidrogênio verde na cadeia produtiva do agro. Coube à Embrapa abordar o alto potencial brasileiro no desenvolvimento do hidrogênio sustentável, lembrando que a agricultura pode ser um vetor importante para a produção de hidrogênio, utilizando matérias-primas como a biomassa, o etanol e resíduos agrícolas.
O setor apresenta um amplo potencial para a produção em grande escala de hidrogênio verde, utilizando processos que envolvem fontes renováveis. Sua molécula pode ser usada como matéria-prima para a produção dos insumos agrícolas, os fertilizantes nitrogenados. Além de suas aplicações tradicionais, o hidrogênio verde pode contribuir para o sequestro de carbono ao transformar resíduos da agropecuária em biofertilizantes, posicionando o agronegócio brasileiro como um possível líder no mercado global de hidrogênio verde.
14.11.2023
Imprensa
Catarina Guedes – Assessora de Imprensa
(71) 98881-8064
Monise Centurion – Jornalista Assistente
(17) 99611-8019