O Brasil está entre os quatro maiores produtores de algodão do mundo e é o segundo no ranking de exportação. De olho nesse setor que não para de crescer, apostando na tecnologia e na inovação para obter os melhores índices de produtividade com sustentabilidade socioambiental, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), recebeu nesta terça-feira, 29, Nicole Podesta, adida agrícola americana, na sede da associação, em Brasília. Os anfitriões Marcio Portocarrero, diretor Executivo da Abrapa, e Fábio Carneiro, gestor de Sustentabilidade, mostraram a abrangência de atuação da associação, em parceria com as estaduais e os produtores, os programas e ações para impulsionar a cotonicultura brasileira.
Portocarrero, destacou as transformações do setor ao longo dos anos, mesmo diante de adversidades do período, e os avanços que resultaram na pujança de um setor que não para de crescer. Trabalho, segundo ele, dividido em quatro áreas: qualidade, rastreabilidade, sustentabilidade e promoção. "Investimos no planejamento, desde a produção até o beneficiamento, com escala e mecanização. Na melhoria da qualidade da fibra, em inovação e biotecnologia", ressaltou. Não à toa o País detém a maior produtividade/ha em algodão de sequeiro, 1.800 kg de fibra/ha, enquanto os Estados Unidos 918 kg/ha e a Índia 460 kg/ha. "Foi uma visita bastante positiva e importante para estreitarmos relações e construirmos pontes. Mostramos a dimensão do setor e o trabalho desenvolvido pela cotonicultura brasileira que produz com responsabilidade socioambiental", disse.
De acordo com o diretor, o setor cresceu em meio às crises, se transformando e avançando em questões estratégicas, de modo a aumentarmos divisas e mostrar ao mundo que a pluma é produzida com responsabilidade social, ambiental e econômica e, tem rastreabilidade, da semente ao guarda-roupa. Com o programa SouABR, gerido pela Abrapa, é possível o consumidor acompanhar como a fibra é produzida no BRasil e de onde ela vem. Por meio de um QR Code na etiqueta das peças, é possível conhecer a origem da matéria-prima certificada com o ABR (Algodão Brasileiro Responsável) e o caminho percorrido em todas as empresas e etapas da cadeia produtiva. Nenhum país produtor tem a excelência do programa brasileiro e esse reconhecimento foi conquistado atendendo a uma demanda do mercado e dos consumidores cada vez mais exigentes com o que estão comprando. Nicole ficou surpresa ao acessar o QR Code de uma etiqueta de calça jeans (de uma empresa parceira) com seu celular e verificar tantas informações de procedência.
Durante a visita na Abrapa, Nicole também conheceu o Centro de Referência em Análise de Algodão (CBRA). Trata-se de um laboratório central de verificação e padronização dos processos classificatórios do algodão brasileiro, atuando para garantir a qualidade e a credibilidade dos resultados aferidos nos diversos laboratórios instalados no território nacional. A estrutura é parte do programa Standard Brasil HVI–SBHVI, lançado há seis anos. Coube ao gestor do Programa de Qualidade da Abrapa, Edson Mizoguchi, mostrar o funcionamento da unidade. Nicole considerou a visita à associação positiva para o estreitamento das relações.