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Pesquisadores e executivos debatem tendências para aprimorar a qualidade do algodão brasileiro

​Tema foi alvo de um dos workshops na programação do 13o Congresso Brasileiro de Algodão, encerrado hoje no Centro de Convenções de Salvador

18 de Agosto de 2022

Executivos e pesquisadores do Brasil e exterior estiveram reunidos na tarde desta quinta (18), para traçar um panorama das perspectivas para o aprimoramento da qualidade do algodão brasileiro dos pontos de vista das exigências dos mercados interno e externo, da evolução tecnológica da indústria têxtil e das boas práticas de governança, meio ambiente e sociedade (ESG). O workshop – coordenado por Sergio Dutra, do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt) - integrou a programação do último dia do 13o Congresso Brasileiro de Algodão, que reuniu os principais atores do segmento no Centro de Convenções de Salvador (BA).


"Nos próximos anos, eu acredito que o Brasil irá se tornar o maior exportador de algodão do mundo, mas precisamos também nos tornarmos os melhores", sentenciou Duarte, diretor de Relações Internacionais da Abrapa. Um dos plastrantes do primeiro bloco do workshop, voltado para a comercialização, ele mostrou à plateia os resultados de pesquisas que mostram a percepção dos compradores sobre o algodão brasileiro em relação a uma série de fatores relacionados à qualidade, como comprimento da fibra e resistência.


"Uma das vantagens para a comercialização do produto brasileiro é a análise HVI (High Volume Instrument)  e a rastreabilidade dos fardos, embora a confiabilidade dos dados ainda possa ser melhorada", complementou Thomas Reinhard, da empresa Paul Reinhard AG, na Suíça, que participou do workshop por meio de um vídeo enviado ao evento. Ainda no mesmo bloco, Daiane Cristina Flávio, da Bom Jesus Sementes, e Edmilson Santos, da SLC Agrícola, mostraram ao público as boas práticas que cada uma das suas empresas vem realizando para aprimorar a qualidade dos produtos.


No segundo bloco, o foco foi a indústria têxtil. O consultor de Tecnologia e Análise de Processos Harald Schwippl e Ronaldo Dantas, gerente de vendas regional da Rieter, uma fabricante de maquinário para a indústria de fiação, fizeram um resumo das diversas tecnologias de fiação existentes (anel convencional e compacto, a rotor e jato de ar), ressaltando as características desejadas das fibras para atender às exigências de cada uma delas. "No futuro, as tecnologias vão exigir cada vez mais fibras longas e uniformes, para garantir a qualidade do fio", ressaltou Ronaldo Dantas.


Ainda neste mesmo bloco, o workshop contou com a exibição de dois vídeos:  uma apresentação de Jordan Yung, da Universal Têxtil, sobre a experiência da empresa com a Vortex, uma tecnologia de fiação à base de ar comprimido, e uma palestra de Eric Hequet, da Texas Tech University,  um dos líderes dentro da área de pesquisa de qualidade da fibra do algodão nos Estados Unidos.


Por último, o workshop ainda promoveu um debate sobre ESG e cotonicultura com a participação do especialista em desenvolvimento de baixo carbono e gestão de paisagem Eder Zanneti e da diretora de ESG, Comunicação e Compliance do rupo Amaggi, Juliana Lopes.

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