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Nutrição e Adubação: Exigências e estratégias de manejo na produção do algodão

​O debate, no formato de talk-show, foi coordenado pela pesquisadora da Embrapa Algodão e membro do Comitê Científico do CBA, Ana Luíza Borin

18 de Agosto de 2022

Desmistificando a nutrição e a adubação do algodoeiro no sistema atual de produção: exigências e estratégias de manejo foi um dos assuntos abordados na sala temática desta quarta-feira (17), no 13º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA). Reunindo 2,5 mil inscritos, o evento acontece até quinta-feira (18), no Centro de Convenções de Salvador.


O debate, no formato de talk-show e coordenado pela pesquisadora da Embrapa Algodão e membro do Comitê Científico do CBA, Ana Luíza Borin, teve como demais participantes o pesquisador Evandro Binotto, do Centro Universitário de Pato de Minas, do engenheiro agrônomo e consultor Milton Ide e do gerente de Produção Sementes da empresa Amaggi, José João Gomes. Durante a conversa, cada especialista falou sobre suas experiências relativas aos resultados da nutrição e adubação das lavouras.


Milton Ide destacou os desafios nas lavouras de algodão do cerrado baiano. "Como todos sabem, é uma região onde o solo é muito pobre e exige um forte trabalho de química. São solos fracos e arenosos, que exigem correção para manter a base biológica", explicou. Ele também lembrou dos problemas causados pelas fortes chuvas que atingiram a Bahia no último verão. As lavouras ficaram encharcadas, o que gerou atraso no desenvolvimento das plantas, sendo mais um revés a ser superado.


Já José João Gomes relatou sua experiência no Mato Grosso. "Nosso grande desafio no uso do solo é conseguir aumentar a matéria orgânica. Hoje já conseguimos fazer um uso mais racional dos fertilizantes. Para isso, contamos com a parceria da Embrapa", disse Gomes. "Às vezes nossa produtividade não é muito grande, mas alcançamos boa rentabilidade".


Falando sobre a nutrição e seus efeitos nos estresses, o pesquisador Evandro Binotto comparou a folha à parte industrial das plantas. "Como uma indústria, ela consome parte do que produz. O resto ela exporta. O problema do algodoeiro é que ele precisa de muita luz, mas também sofre com o excesso de calor", apontando que a saída é buscar o equilíbrio para assegurar o melhor desempenho da cultura.

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