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Gestão operacional das fazendas: tecnologia e uso da informação caminham juntas

O grande desafio dos produtores está em minimizar custos e maximizar a produtividade das fazendas fazendo bom uso das ferramentas disponíveis no mercado

18 de Agosto de 2022

Os avanços na gestão operacional das fazendas foi o tema do debate desta quarta-feira em uma das salas temáticas do 13º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA) que se encerra nesta quinta-feira (19), em Salvador.


Os painelistas Luis Alberto Moraes Novaes, engenheiro agrônomo pela ESALQ, o Leocyr Lazarete Junior, diretor de operações agrícolas do Grupo Masutti, e o engenheiro agrícola formado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Paulo Herrmann, acreditam que a gestão operacional das propriedades rurais evoluiu muito, as máquinas ganharam um incremento grande de tecnologia e as pessoas precisaram se preparar para usar este aparato tecnológico, que inclui GPS, piloto automático, monitoramento por imagens de satélite, aplicativos georreferenciados, entre outros.


Mas, a tecnologia sozinha não é capaz de gerar resultados se não houver a gestão correta do negócio. "A gente vive gestão para construir resultados", acredita o produtor do Grupo MN Agro, Luis Alberto, que pertence a quinta geração da família no comando da Fazenda Santo Antônio, no Mato Grosso do Sul. Para ele, a gestão operacional consiste em alguns pontos fundamentais para o sucesso do negócio, tais como, conhecer o ambiente de produção e suas limitações, monitoramento do clima, dimensionamento e gestão do pátio de máquinas, monitoramento das etapas de produção e de perdas na colheita.


"Hoje o que faz a diferença é a gestão operacional, conjuntamente com o planejamento estratégico. Dimensionar o uso de máquinas e otimizar a utilização delas, assim como fazer o adequado planejamento do cultivo, além de gerir pessoas", concorda Fernando Lamas, da Comissão Científica e coordenador da sala.


Paulo Herrmann trouxe a visão da indústria e fez um contraponto a do produtor, destacando que a tecnologia não é o fator mais importante na produção e sim o uso eficiente dela por profissionais experientes e especializados. "Precisamos automatizar os processos porque senão não tem como expandir, mas o grande desafio está no uso, na gestão eficiente do equipamento, pois tecnologia em máquina que não é usada vira enfeite para fazer ciúmes ao vizinho", brinca.

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