Programa ABR é apresentado na COP 26 como exemplo de agricultura sustentável
O programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) foi apresentado na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021 - COP 26, como exemplo do comprometimento dos produtores brasileiros com a sustentabilidade ambiental, social e econômica. Representada pelo presidente da Associação Matogrossense dos Produtores de Algodão, Ampa, Paulo Sérgio Aguiar; a Abrapa participou de painel sobre Agricultura Sustentável realizado nesta segunda-feira (8), no Pavilhão Brasil, em Glasgow/ Escócia,
Aguiar destacou que o Brasil é o maior fornecedor de algodão responsável do mundo, com uma fatia de 38% do mercado global de Better Cotton – desde 2013, o ABR atua em benchmarking com a Better Cotton Initiative (BCI). O rigoroso protocolo abrange 178 quesitos que vão desde boas práticas agrícolas até garantias de saúde, segurança e bem-estar do trabalhador.
Em um breve histórico, o presidente da Ampa demonstrou o pioneirismo dos cotonicultores brasileiros com práticas responsáveis, lembrando que o ABR foi lançado, em 2012, a partir da fusão de duas iniciativas anteriores e complementares: o Instituto Algodão Social (IAS), criado em 2005 no Mato Grosso, e o Programa Socioambiental da Produção de Algodão (PSOAL), de abrangência nacional, implementado pela Abrapa em 2009. Amplamente consolidada, a certificação Algodão Brasileiro Responsável alcançou mais de 80% da safra 2020/2021. “Isso viabiliza a orientação e a conscientização do produtor, para trabalhar de forma correta, de acordo coma legislação trabalhista e ambiental, olhando sempre para a questão econômica”, resumiu Aguiar.
O presidente da Comissão de Cereais, Fibras e Oleoginosas da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Ricardo Ariolli, falou sobre sustentabilidade no plantio de soja. “Em 1988, usávamos grades aradora e niveladora, não fazíamos plantio direto e tínhamos uma safra por ano”, lembrou. Com investimentos em novas tecnologias e sistemas produtivos, foi possível ampliar a produtividade e a produção de soja cresceu 213% nos últimos 20 anos, contra aumento de 163% na área plantada.
“Estamos produzindo mais na mesma área. Hoje temos duas safras agrícolas mais uma safra de carne por ano”, ressaltou. Mencionou, ainda, a adoção de práticas como o plantio direto e a eficiência da fixação biológica da soja. Para 2022, a novidade será o lançamento, pela Embrapa, de um selo para a soja de baixo carbono. “Os produtores brasileiros fizeram a diferença nos últimos 10 anos”, pontuou.
O painel também contou com a participação virtual de Luis Antonio Pradella, integrante da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e vice-presidente da Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação, e de Mariana Vasconcellos, CEO da Agrosmart. O debate foi mediado por Fabiana Villa Alves, coordenadora-geral de Mudanças do Cllima, Florestas Plantadas e Agropecuária Conservacionista do Mapa.
Iniciada em 1º de novembro, a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas acontece até o dia 12 deste mês. O encontro reúne representantes dos 196 países signatários do Acordo de Paris.
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