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Produtores de algodão serão pioneiros no programa Floresta +Agro

​Iniciativa, lançada nessa quarta-feira (27) pelo MMA, promove o pagamento por serviços ambientais

27 de Outubro de 2021

Produtores de algodão serão pioneiros no programa Floresta +Agro


Como exemplo de cadeia produtiva sustentável, a cotonicultura foi destaque no lançamento do Floresta +Agro. A nova modalidade do Programa Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais foi anunciada nesta quarta-feira (26), em cerimônia no Ministério do Meio Ambiente.



O Floresta+Agro busca promover e reconhecer os serviços ambientais realizados pelos produtores rurais nas áreas de Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente.  Neste sentido, incentiva a implementação de arranjos de pagamentos entre os participantes das cadeias produtivas da agropecuária, por atividades que resultem em conservação da vegetação nativa em todos os biomas, aumento e manutenção dos estoques de carbono, conservação da biodiversidade, proteção e fertilidade do solo, entre outros benefícios ecossistêmicos.



"O grande desafio do governo federal é alterar uma política histórica de que meio ambiente significa punir e onerar. Queremos incentivar, empreender e inovar", afirmou o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, lembrando que os produtores rurais brasileiros preservam 282 milhões de hectares de suas propriedades, em cumprimento ao Código Florestal.



A adesão ao Floresta+ Agro poderá ocorrer de forma individual, coletiva, por projetos, por microrregião e por produtos. Mais uma vez na vanguarda do agro nacional, os cotonicultores serão os primeiros a aderir à iniciativa, graças ao comprometimento com a sustentabilidade socioambiental demonstrado pela crescente adesão ao programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR).



"Atualmente, 81% do algodão brasileiro possui o selo ABR e os demais 19% estão correndo atrás para obter a certificação, o que significa que 81% estão de acordo com o Código Florestal. Isso é um ativo ambiental enorme e precisamos mostrar ao mundo", destacou o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, no lançamento do Floresta +Agro. Mencionou, ainda, a adoção de processos produtivos altamente sustentáveis, como o plantio direto na palha, a segunda safra e a maior produtividade de algodão não irrigado do mundo. "Esse programa vai nos dar a oportunidade de mostrar o que os agricultores brasileiros estão fazendo em termos de preservação e sustentabilidade", concluiu Busato. O projeto está em fase final de formatação pela Abrapa e terá, entre os parceiros, a alemã Bayer.



O Programa Floresta +



Instituído em 2020 pelo MMA, através da portaria 288, o Programa Nacional de Pagamentos por Serviços Ambientais- Floresta+ visa criar, fomentar e consolidar o mercado de pagamento por serviços ambientais, a fim de reconhecer e valorizar projetos e prestadores de serviços ambientais em todos os biomas.



Considera-se serviços ambientais atividades que proporcionam benefícios ecossistêmicos, resultando em melhoria, conservação, recuperação e proteção da vegetação nativa. Tais atividades podem ser realizadas por pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, por grupo familiar ou comunitário, de forma direta ou terceirizada. A remuneração aos prestadores de serviços ambientais pode ser feita por indivíduos ou organizações públicas ou privadas, de âmbito nacional ou internacional, de forma direta ou indireta, monetária ou não.


Video: https://youtu.be/FvGi_qw_mi8



Saiba mais:


https://in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-mma-n-487-de-26-de-outubro-de-2021-355251

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