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Inovar para ter mais tempo!

01 de Setembro de 2017











​"Não use velhos mapas para descobrir novas terras". A recomendação é de  Gil Giardelli, estudioso de cultura digital, educador e web ativista que hipnotizou a plateia da plenária sobre inovação na manhã da quinta-feira (31) no 11° Congresso Brasileiro do Algodão (11° CBA). Segundo ele, o futuro chegou e a era da inovação é sinônimo de reinventar até a si mesmo.



Giardelli afirma que, no mundo dos negócios, o universo do lucro precisa ceder espaço ao 'universo do propósito'. "Por isso, as associações e grupos de produtores devem se movimentar para promover o choque de inovação e ter em mente que nenhum de nós, sozinho, é tão bom ou inteligente quanto todos nós juntos", enfatizou. "O Brasil já tem muitos críticos, então, está na hora dos mais inovadores", disse.



De acordo com o palestrante, para inovar, o ser humano não pode estar preso às regras e convenções, porque não se pode mudar o mundo sendo obediente. "Parece um paradoxo, mas isso também é inovação. Primeiro, você ri dela; depois você desacredita ou tenta controlar, e, por fim, se arrepende de não ter feito parte", argumenta. Para Giardelli, o papel de associações como a Abrapa, representante dos cotonicultores, é criar plataformas de inovação, apontando tendências e criando novos conceitos para a produção e a indústria. "Hoje já existem inovações voltadas para as roupas inteligentes, que unem atributos de saúde, tecnologia e vestuário. Onde entra a cadeia do algodão nisso? Reinventar-se é preciso", recomenda.



Ele citou palavras e expressões como desconexão, destruição criativa e desglobalização, que, a seu ver, não são conceitos antagônicos, mas inovadores. "As pessoas querem produto e diferenciação. Daí, a necessidade de investir e colocar em prática as novas ideias. Porque se você apenas pensa e não faz, outras pessoas farão. De 400 indivíduos tendo a mesma ideia no mundo, apenas uns três vão agir", pondera.



Inovação, para Giardelli, é fazer de tudo para ter mais tempo e ficar com as pessoas amadas. "É trabalhar por um mundo melhor, entendendo que a cada emprego que se perde atualmente, outros três são criados com a cultura digital. Assim, a inovação surge como aliada para essa nova era", concluiu o palestrante, que encantou adultos e até crianças na plateia com um pequeno robô.



Retorno para o produtor



Se nas plenárias da manhã o CBA abordou as tecnologias disruptivas, que aproximam o agro da ficção científica, e o pensar criativo na busca de soluções, a programação da tarde tratou das especificidades dos temas no plano da transgenia e das inovações eletrônicas e digitais que já estão em uso, com resultados positivos e mensuráveis para a rentabilidade do produtor.



Segundo o coordenador científico do 11° Congresso Brasileiro do Algodão, Eleusio Curvelo Freire, o público dessa sala buscou soluções em curto prazo para aumentar a produtividade nas lavouras. Os temas foram coordenados pelo pesquisador do Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad), na França, e lotado na Embrapa Algodão, Marc Giband, apresentando inovações em biotecnologia para o algodoeiro. Além dele, participaram Ricardo Inamasu, da Embrapa Instrumentação, tratando de inovações em agricultura de precisão para a cotonicultura, e Milton Ide, da Ide Consultoria, que abordou as tecnologias para gestão e controle de processos. "O tema central do congresso – inovação e rentabilidade – coroou esse dia", sintetizou Eleusio Freire.





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