Cada fardo de algodão produzido no Brasil tem um “CPF”: a etiqueta do Sistema Abrapa de Identificação (SAI), fixada assim que a algodoeira processa o beneficiamento. Com ela, pode-se rastrear com exatidão desde a fazenda onde foi produzido até a usina na qual foi beneficiado e o laboratório que fez a análise de qualidade da fibra.
A etiqueta SAI também permite o acesso a uma série de informações, como classificação, com os índices de análise instrumental por alto volume (do tipo High Volume Instrument – HVI). É possível até mesmo saber se a fibra foi certificada pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e licenciada pela Better Cotton Initiative (BCI), que atestam a responsabilidade socioambiental da pluma.
As etiquetas SAI são codificadas por uma das mais antigas e renomadas empresas do ramo, a GS1 Brasil. A expedição das tags é rigorosamente controlada pela Abrapa e a impressão é executada por gráficas credenciadas pela entidade.
O sistema facilita o controle e o manuseio dos fardos, tanto pela algodoeira quanto pelo produtor e pelo comprador.
Modelo Brasileiro
O modelo adotado no Brasil (EAN 128 – subvenção B) foi baseado no sistema implantado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), utilizado como padrão internacional e aceito por todos os grandes países produtores e consumidores. Implementado em parceria com a GS1
Brasil – Associação Brasileira de Automação -, o modelo está em constante evolução.
O padrão atual utiliza um código de série de unidade logística do padrão Serial Shipping Container Code (SSCC) – um dos mais importantes identificadores de aplicação usados na rastreabilidade de produtos – contendo 18 dígitos, antecedidos por um prefixo de dois dígitos (00) que identificam o tipo de código EAN/UCC. É um sistema simples, prático e muito seguro para a rastreabilidade dos fardos de algodão, que pode ser implantado sem grandes investimentos.
O formato aprovado especifica os componentes mínimos de qualidade que são necessários para a identificação e comercialização do fardo. O sistema assegura que não serão geradas duas ou mais etiquetas com o mesmo número em uma única safra e que este número não se repetirá. O processo é monitorado pela Abrapa, o que garante que somente algodoeiras cadastradas no SAI utilizem o sistema
Principais vantagens para a algodoeira:
- Oferta de um sistema único e confiável de identificação dos fardos;
- Facilidade para vender o algodão no mercado interno e externo;
- Agilidade na obtenção dos resultados de classificação pelos laboratórios;