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Rede Ramulária

24 de Outubro de 2019

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), sediou, nos dias 23 e 24 de outubro, duas reuniões do Comitê Técnico da “Rede Ramulária”. Trata-se de um fórum que reúne instituições de pesquisa públicas e privadas, além de empresas detentoras de patentes de fungicidas para estudar formas eficazes de combate à doença, hoje presente em todos os estados produtores de algodão. Na reunião, foram divulgados os dados estatísticos levantados sobre a performance dos químicos para combate da doença, que chega a trazer prejuízos da ordem de 35% a 45% quando existe o manejo correto da doença e até de 100%, quando não se toma qualquer providência.


Os resultados foram obtidos em ensaios de campo, instalados em 12 locações, nos quatro maiores estados produtores na safra 2017/2018: Mato Grosso, Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul. As conclusões sobre a eficácia foram analisadas por locação, por proximidade geográfica e sobre o total dos “plots” experimentais. Os dados foram debatidos na reunião na Abrapa e também na preparatória, realizada na quarta-feira (23). As informações serão disponibilizadas posteriormente aos produtores.


 “Atualmente, o melhor fungicida do mercado dá cobertura de 75% a 80% da doença. Quando se trata de ramulária, falamos de controle e combate, mas ainda não existe uma solução total. Depende de clima e de vários fatores. O que queremos com a Rede é identificar os produtos de melhor performance, que permitam ao produtor reduzir o número de aplicações, atualmente, estimada em uma média de oito a nove por safra”, afirma o pesquisador da Embrapa e coordenador da Rede Ramulária, Alderi Emídio Araújo.


Segundo o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, até pouco tempo, a ramulária era considerada uma ameaça secundária à cotonicultura. “Nos últimos três anos, ela vem ganhando importância e preocupa o produtor. Por isso, a Abrapa e parceiros testam métodos de monitoramento e controle, para evitar que a doença comprometa a produção brasileira”, afirma.


A meta da associação é reduzir o custo de produção de algodão, hoje estimado em R$8,6 mil por hectare. “Os insumos agrícolas representam 61% do total. Destes, 35% correspondem aos gastos com defensivos”, diz.


A Rede Ramulária, como é conhecida, é patrocinada pela Abrapa, com recursos do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), e conta com a parceria da Embrapa Algodão, Agrodinâmica, Fundação Bahia, Assist Consultoria, Fundação Chapadão, Circulo Verde Assessoria Agronômica, Fundação MT, Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), Instituto Phytus, Adama, ISK Biociences, Basf, Oxiquímica, Corteva, Sipcam Nichino, FMC, Helm, Syngenta, Isagro Brasil e  UPL.

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