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Algodão Brasileiro Responsável é apresentado em Workshop Renner-Vicunha

24 de Setembro de 2020

O Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e suas associadas, foi apresentado na tarde desta quarta-feira (23) no Workshop Renner-Vicunha. Representantes e dirigentes das duas empresas receberam informações e esclarecimentos sobre os processos de certificação e desafios da cotonicultura brasileira que tem a meta de colocar o país no topo do ranking mundial de exportação, amparado pelos pilares da sustentabilidade, qualidade e rastreabilidade.



Para o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, os diferenciais da pluma brasileira são a sustentabilidade e a certificação. "Usamos tecnologias modernas da produção ao beneficiamento e com baixo impacto ambiental no processo produtivo. Temos um produto sustentável e competitivo", afirmou Portocarrero, lembrando que 92% das lavouras se desenvolve em regime de sequeiro, ou seja, apenas com água das chuvas. "Além disso, somos o maior fornecedor de algodão sustentável do planeta e preconizamos o caráter social, ambiental e econômico em nossa produção", afirmou o diretor, destacando que a unificação de protocolos do ABR e da Better Cotton Initiative (BCI) aconteceu em 2013, incrementando a certificação brasileira, baseada nas legislações ambiental e trabalhista do país, considerada das mais rigorosas e completas do mundo.



"Na minha avaliação, a cotonicultura brasileira é profissional e organizada. E a conotação da rastreabilidade no ABR coloca o Brasil nos mais altos índices de legalidade. O que precisamos agora é acompanhar esse mesmo ritmo em outros aspectos que possam agregar mais valor ao produto", enfatizou Marcel Imaizumi, Diretor Superintendente da Vicunha, defendendo a importância do Programa ABR. No total são 178 itens, englobando os principais requisitos da legislação nacional e internacional, divididos em critérios como contrato de trabalho, proibição do trabalho infantil, escravo ou em condições degradantes ou indignas, liberdade de associação sindical, proibição de discriminação de pessoas, segurança, saúde ocupacional, meio ambiente e boas práticas agrícolas.



Apesar de exigir apenas 25 itens em seu protocolo de certificação, a BCI é referência mundial em licenciamento de pluma sustentável, e divulgou, em julho, um relatório apontando que o Brasil foi responsável por 36% de toda a pluma certificada pela entidade na safra 2018/2019, seguido pelo Paquistão, com 16,1% e em terceiro lugar, a China, com 15,9%. Vale ressaltar que o Conselho de Administração da BCI é composto por algumas das principais marcas varejistas internacionais, como Nike, Adidas, Levis, Ralph Lauren, H&M, dentre outras. "Estamos avançando no conceito de rastreabilidade e certificação para promover o uso do algodão consciente", enfatizou o diretor da Abrapa que falou ainda sobre o Movimento Sou de Algodão. "O grande ganho da cadeia é alcançar a transparência de processos e a qualidade das lavouras para ter um produto final identificado. Mas esse é um caminho longo, construído com todos os elos participantes, evoluindo gradativamente dentro do compromisso da melhoria contínua da produção de algodão no Brasil", finalizou.

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