Profissionais que trabalham nas Unidades de Beneficiamento de Algodão (UBA) tiveram a oportunidade de participar de um curso de capacitação e qualificação como inspetores, oferecido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), no dia 28 de maio. O curso foi realizado no Laboratório de Classificação Visual e Tecnológica da Fibra de Algodão da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa) e teve supervisão do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), como parte do Programa da Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB).
De acordo com o gestor do programa de Qualidade da entidade, Edson Mizoguchi, essa iniciativa visa garantir a qualidade da pluma nacional. “Além da capacitação, o laboratório da Agopa adquiriu mais um instrumento de análise de alto volume Classing Q PRO para atender seus associados. Ele é acredito pela NBR ISO IEC 17025 para o escopo de análise de micronaire, UHML, uniformidade, resistência, grau de brilho e grau de amarelamento, principais características comerciais da pluma”, informou o gestor, que na ocasião também apresentou as diretrizes do programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) e do PQAB.
Durante o treinamento, os participantes aprofundaram seus conhecimentos sobre os requisitos legais do PQAB, incluindo a Instrução Normativa 24 (IN24), que define o regulamento técnico do algodão em pluma, e a Portaria 375, que estabelece os requisitos para a certificação voluntária de produtos de origem vegetal. Coube à diretora de relações institucionais da Abrapa, Silmara Ferraresi, mostrar as ações do pilar de rastreabilidade da instituição.
Para Rhudson Assolari, gerente do Laboratório de Classificação Visual e Tecnologia da Fibra de Algodão da Agopa, a formação dos inspetores é importante para alinhar os processos de rastreabilidade das amostras. “É fundamental estabelecer contato com os envolvidos na produção das UBAs, destacando o procedimento adequado, incluindo a seleção cuidadosa, a retirada correta e a execução conforme as diretrizes da instrução normativa”, disse.
Além disso, os participantes receberam orientações detalhadas sobre todo o processo. “Enfatizamos a importância de enviarem amostras corretas, que garantirão a análise mais confiável e precisa do conteúdo do fardo”, explicou.
O curso também abordou as melhores práticas para a amostragem, identificação e embalagem do algodão, bem como os procedimentos para o envio das amostras para classificação e análise. Ao final, os inspetores inscritos foram submetidos a uma avaliação para certificar a assimilação do conteúdo. A nota mínima para aprovação foi seis.