O Brasil é o maior produtor de algodão responsável do mundo e o segundo no ranking global de exportação. Para conhecer melhor este setor que investe em tecnologia e inovação para alcançar os melhores índices de produtividade com sustentabilidade, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) recebeu a visita de uma comitiva do governo da Guiana Inglesa, no dia 24 de maio. O grupo foi conduzido ao escritório da entidade, em Brasília, pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), onde puderam conhecer o trabalho desenvolvido para impulsionar a cotonicultura brasileira.
O diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, destacou as transformações do setor ao longo dos anos e os avanços que resultaram em uma mudança significativa de paradigma. "O setor cresceu em meio às crises, adaptando-se e progredindo em questões estratégicas, com o objetivo de demonstrar ao mundo que o algodão é produzido com responsabilidade social, e ambiental, além de possuir rastreabilidade, desde a semente até o produto final", afirmou.
Em parceria com a FAO, a Abrapa recebe periodicamente grupos de pessoas ligadas a governos ou ao setor produtivo interessadas em conhecer a governança da organização e o modelo de produção brasileiro. "Os representantes do governo da Guiana Inglesa estavam interessados em estreitar as relações com o Brasil, inclusive explorando possibilidades na área da cotonicultura em seu país. Durante o encontro, eles puderam conhecer nossa organização, especialmente os projetos de rastreabilidade, sustentabilidade e promoção, com o objetivo de alinhar estratégias com outros países participantes do projeto da FAO", explicou Portocarrero.
Os visitantes também conheceram o Centro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), que funciona no mesmo prédio. A estrutura é parte do programa Standard Brasil (SBHVI). Coube ao gestor de Qualidade da Abrapa, Edson Mizoguchi, mostrar o funcionamento do laboratório central de verificação e padronização dos processos classificatórios do algodão brasileiro.
“Na FAO Brasil, tivemos o prazer de receber uma missão internacional com membros da Guiana Inglesa, incluindo ambientalistas, geólogos e agrônomos, que demonstraram grande interesse não apenas na produção do Cerrado, mas também nos princípios de sustentabilidade que a agricultura brasileira alcançou. Um dos exemplos mais representativos disso é o setor do algodão, liderado pela Abrapa”, disse Camilo Quintero, especialista em cadeias de valor e certificação do projeto + Algodão.