Com foco na criação de estratégias estruturadas para potencializar o papel do agronegócio brasileiro no cenário mundial, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) participou, no dia 24 de novembro, do I Encontro Nacional do Agro realizado em conjunto com o V Encontro de Adidos Agrícolas, em Brasília. Promovidos pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), os encontros reuniram representantes de mais de 20 entidades setoriais e do governo brasileiro para debater acesso a mercados, a promoção comercial e gestão da imagem e reputação.
O diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, compartilhou a trajetória da cadeia do algodão brasileiro durante sua participação. O setor evoluiu de segundo maior importador mundial nos anos 90 para se tornar, em 2023, o maior produtor e exportador global de algodão com certificação socioambiental.
“Atualmente, 82% da nossa produção é auditada e aprovada pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR). Introduzimos inovações significativas nas formas de produção, como a agricultura regenerativa, adotamos tecnologias avançadas para mitigar os gases de efeito estufa e implementamos um programa abrangente de rastreabilidade, que cobre toda a cadeia produtiva, desde a semente até o produto final, no guarda-roupa. Esse programa é o SouABR, que reflete nosso compromisso integral com a sustentabilidade em todas as etapas do processo”, afirma.
Durante sua exposição, Portocarrero destacou o Cotton Brazil, o plano de promoção internacional do algodão brasileiro, realizado em parceria com a ApexBrasil e a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), e ressaltou ainda a necessidade de superar obstáculos de infraestrutura para otimizar o escoamento da produção brasileira. Ele também enfatizou a importância da estreita colaboração com grandes marcas globais e influenciadores em todos os continentes, com um enfoque particular em sustentabilidade e rastreabilidade, além de investimento na abertura de novos mercados, como o Egito.