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Sensores e drones ajudam na identificação de pragas e doenças

Cotonicultores aderem à tecnologia no campo para reconhecer e tratar nematoides, plantas daninhas e doenças que comprometem a qualidade da produção

18 de Agosto de 2022

O último dia do 13º Congresso Brasileiro de Algodão (CBA), que está sendo realizado no Centro de Convenções de Salvador, contou com cinco workshops sobre diversos temas relacionados ao cultivo da pluma, entre eles, o que teve como tema "Sensores são eficientes para identificação de pragas, doenças, nematoides, plantas daninhas e estado nutricional". Coordenado por Lúcio de Castro Jorge, pesquisador da Embrapa Instrumentação, o workshop abordou as experiências de produtores e pesquisadores e o que está em desenvolvimento no setor para o combate de doenças, pragas e aplicações localizadas.


Segundo Lúcio Jorge, a tecnologia mais adotada nas propriedades são os sensores e os drones, mas outras tecnologias estão vindo para agregar, como big data, metaverso e inteligência artificial. "A agricultura está evoluindo bastante e tem toda uma mudança de paradigmas e de técnicas tradicionais que estão passando por adaptações", anuncia.


Julio Cezar Franchini dos Santos, da Embrapa Soja, destacou que estas ferramentas possibilitam ao produtor ter uma nova perspectiva de observação da propriedade. "Essas tecnologias possibilitam mostrar de cima coisas que você não estava vendo antes, como obtenção de índices vegetativos, espacialização dos níveis de estresse da cultura", revela ele, que acredita, que o segmento deve assumir estes desafios e investir em treinamento e capacitação de equipes.


Partilha da mesma opinião, o coordenador da sala, que vê na tecnologia um ótimo meio de fornecimento de dados, mas se não tiver o profissional que avalie toda informação recebida, de nada adianta ter a tecnologia. "O grande desafio está em como processar esses índices para tomar a decisão correta. É a parte mais importante do uso destas tecnologias", afirma Lúcio Jorge.


Murilo Maeda, da Texas A&M AgriLifeExtension, tratou da evolução do uso de sensores para pesquisa em algodão e enfatizou que os agrônomos precisam se adaptar as novas ideias e as novas tecnologias. "Não se sintam frustrados com o avanço da tecnologia. Abracem a oportunidade de utilizá-las, pois tem muita coisa para a gente descobrir e beneficiar a agricultura", afirmou.


Francelino Rodrigues, da Lincoln Agritech Ltd, abordou a aplicação de sensoriamento remoto para acessar sintomas de doenças nas plantas e como ele pode ser usado para gerar dados de estresse nas plantas. Fechando a programação da sala esteve o engenheiro aeroespacial Fábio Teixeira, da Hypercubes, que falou sobre o estado da arte dos novos nano satélites para o agronegócio, o projeto Hypercubes e suas aplicações no monitoramento agrícola através da espectroscopia que é o estudo da interação entre a luz e a matéria.

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