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Abrapa apresenta setor a novos adidos agrícolas do Brasil na Ásia

Representantes do Mapa também conheceram o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA)

10 de Dezembro de 2021

Abrapa apresenta setor a novos adidos agrícolas do Brasil na Ásia


A Abrapa apresentou um panorama da cotonicultura nacional aos novos adidos agrícolas do governo brasileiro na Ásia, em reunião nesta sexta-feira (10), na sede da entidade, em Brasília. Com o Itamaraty, os representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) são responsáveis pelas negociações agropecuárias com os governos de seis países asiáticos.



O Brasil é o segundo maior exportador de algodão do mundo e tem uma fatia de 22% do mercado mundial, contra 58% do principal concorrente, os Estados Unidos. Destino de 99% dos embarques brasileiros da pluma, o continente asiático é prioritário para os produtores, com ênfase em 10 países: China, Bangladesh, Vietnã, Turquia, Paquistão, Indonésia, Índia, Malásia, Tailândia e Coréia do Sul. O Mapa conta com adidos agrícolas na China, Índia, Indonésia, Tailândia, Vietnã e Coréia do Sul.



"Este encontro é importante para que vocês entendam a complexidade do algodão. Não é uma commodity como o milho e a soja, é uma cultura extremamente complicada e exigente. Quinze itens interferem na qualidade da pluma, de coloração à umidade, índice de fibra curta, micronaire, etc.", informou o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, na abertura da reunião. Ressaltou, ainda, que o algodão tem um faturamento três vezes maior que o da soja e emprega cinco vezes mais pessoas. "Isso é interessante para nós, produtores, e para o Brasil", frisou.



O diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, apresentou as principais estatísticas do setor e municiou os novos adidos agrícolas com informações sobre os programas implementados pela Abrapa e pelas associações estaduais no sentido de assegurar qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade à fibra produzida no Brasil. "Na hora que resolvemos crescer, pegamos nossa malinha e visitamos China, Coréia do Sul, Tailândia, Vietnã, Índia, Turquia e outros países, perguntamos o que deveríamos fazer para competir nesses mercados e fizemos nosso dever de casa", contou.



Hoje, 100% da pluma brasileira é rastreável e 84% tem a certificação Algodão Brasileiro Responsável (ABR). Além disso, o Brasil é o maior fornecedor global de fibra licenciada Better Cotton. Para mostrar isso ao mundo, a Abrapa implementou o programa Cotton Brazil, em parceria com a Apex-Brasil e a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea).  Desde o lançamento da iniciativa, em 2020,a entidade abriu um escritório em Singapura - hub para o continente asiático - e promoveu 27 reuniões virtuais e presenciais com embaixadas brasileiras e representantes da cadeia têxtil asiática. "O desafio é mostrar que nosso algodão é muito bom, não somos o genérico do americano", afirmou o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte. "A gente tem feito a diferença com o apoio dos adidos, das embaixadas e das câmaras setoriais", sublinhou.



Após a reunião, os novos adidos agrícolas conheceram o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA). Sob responsabilidade da Abrapa, o CBRA atua na verificação e padronização dos processos de análise de qualidade do algodão, conferindo credibilidade à fibra brasileira. "Nossa meta é nos tornarmos o maior exportador de algodão em pluma do mundo até 2030, reconhecido mundialmente pela qualidade, sustentabilidade e padrão tecnológico do nosso produto", concluiu Busato.

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