Após o lançamento na 42ª edição do São Paulo Fashion Week, principal semana de moda da América Latina, o movimento contou com embaixadores como Paulo Borges, Alexandre Herchcovitch e Martha Medeiros que endossaram o propósito, valorizando a fibra, associando-a à cultura, à versatilidade e ao conforto.
Borges, idealizador e diretor criativo do São Paulo Fashion Week, diz apostar na aliança com o movimento: "Ter parceria com uma instituição tão importante da economia e da produção de uma matéria-prima que é tão especial para a moda e para o País, é um sonho. Cada vez mais, eu quero que a gente tenha projetos juntos. É um caminho que tem que ser ampliado, porque esse é um movimento que transforma de forma irreversível o comportamento do consumidor".
O presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, ressalta a importância dessas parcerias para toda a cadeia do algodão. "Precisávamos alcançar as pessoas que influenciam e levam a nossa fibra para o consumidor, para o setor têxtil e para os produtores de moda. Nomes de peso que pudessem ajudar a conectar o algodão ao universo afetivo do público", explica Busato.
Em cinco anos de história, o algodão foi protagonista em várias edições das principais semanas de moda brasileiras, como SPFW, Casa de Criadores e Brasil Eco Fashion Week. Nas mãos de João Pimenta, Another Place, Rober Dognani, Renata Buzzo, Igor Dadona, Isaac Silva e Ronaldo Silvestre, a fibra mostrou todo seu potencial e versatilidade nas mais criativas coleções, onde foi a principal matéria prima. No entanto, esse protagonismo não se dá apenas pelas mãos desses talentosos designers, mas também a partir dos tecidos fabricados pelas marcas parceiras que colaboram nessas criações como Vicunha, Cataguases, Santanense, Urbano Têxtil, Cedro, Canatiba, entre outras.
A transformação da indústria da moda não se faz apenas por meio do envolvimento de agentes como estilistas e marcas, mas com ações que alcancem estudantes e docentes, levando informação, fomento à pesquisa e, principalmente, transparência sobre a responsabilidade da cadeia produtora da fibra.
Pensando nisso, desde 2018, são realizadas palestras e oficinas, envolvendo estudantes de graduação em Moda e Design de todo o Brasil. No mesmo ano, foi lançado o 1º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores, com mais de 400 inscritos, de mais de 200 instituições de ensino superior, que revelou três novos talentos para a principal semana de moda autoral brasileira, a Casa de Criadores: Mateus Cardoso (FASM/SP), Dario Mittmann (UEM/PR) e Rodrigo Evangelista (IED/SP).
Como responsável pela Casa de Criadores, grande evento da moda autoral brasileira, André Hidalgo reforça a importância da ação. "O Desafio consegue envolver alunos de todas as regiões do Brasil e isso permite que a oportunidade chegue para todos. Eles podem aprender e se aprimorar para ingressar no mercado de trabalho, já com uma bagagem super significativa. Há talentos incríveis escondidos pelos cantos do Brasil e precisamos dar protagonismo a eles".
De acordo com Mateus Cardoso, estilista e vencedor do primeiro desafio, o Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores foi essencial para impulsionar a carreira. "O projeto mudou toda minha trajetória. Com o curso, abri meu ateliê e estou começando minha marca. Quando olho para trás, vejo que tudo isso é fruto da minha participação, desde a conquista de um espaço até a visibilidade adquirida. O incentivo por parte do Sou de Algodão para a moda nacional é muito importante, principalmente, por dar esse reconhecimento para quem está começando", diz.
A 2ª edição do Desafio, com inscrições encerradas em 15 de outubro, teve mais de 460 inscritos de todo o Brasil e terá semifinais regionais. A grande final acontecerá na 50ª edição da Casa de Criadores, com desfiles presenciais, no primeiro semestre de 2022, com dois representantes de cada região, tornando este um concurso mais democrático e mostrando a cultura regional no universo da moda autoral nacional.
Amanhã falaremos sobre as ações marcantes que foram pensadas pelo movimento. Não perca!