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Cadeia do algodão debate oferta e demanda no país

04 de Fevereiro de 2021

O cenário de oferta e demanda de algodão no Brasil foi tema de reunião, nesta terça-feira (03), entre representantes de produtores, exportadores, fiações, tecelagem, confecção e varejo.  O encontro virtual foi promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção ( Abit), com apoio da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea).



A demanda interna e externa aquecida e a expectativa de produção menor para 2020/2021 preocupam os diferentes elos da cadeia do setor.  Pressionados pela alta de 100% nos custos de produção nos últimos 10 anos, os produtores já negociaram cerca de 70% da safra antecipadamente para o mercado externo, o que vem gerando temor de desabastecimento.



O presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, tranquilizou o setor.  Segundo ele, a previsão é de uma safra 2020/2021 entre 2,4 e 2,6 milhões de toneladas . Somada ao estoque de passagem de 297 mil toneladas,  deve resultar em uma oferta entre 2,7 e 3 milhões de toneladas.  O volume é suficiente para atender à expectativa de um consumo interno de 700 mil toneladas e de exportações de 1,68 milhão de toneladas.



Ainda assim, Busato, alertou para a necessidade de um planejamento conjunto de médio e longo prazo e estabelecimento de mecanismos que permitam à indústria têxtil nacional adquirir a matéria-prima antecipadamente. "Nos últimos quatro anos, dobramos a produção brasileira de algodão e podemos fazer isso de novo se tivermos rentabilidade e mercado", ressaltou o presidente da Abrapa.

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