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Indonésia é caso de sucesso das exportações do algodão brasileiro

01 de Outubro de 2020











País no qual o algodão brasileiro é líder de mercado, dividindo a primeira posição com o americano, a Indonésia é um caso de sucesso para os produtores do Brasil. Totalmente dependente das importações para a sua robusta indústria têxtil, uma vez que não produz algodão, o país é o sexto maior importador da fibra no mundo, e, por isso, se tornou um dos sete mercados foco do projeto Cotton Brazil, iniciativa implementada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em parceria com Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), para divulgar a pluma nacional no maior mercado internacional para o produto, a Ásia.


Na manhã desta quinta-feira (01), a Abrapa apresentou as metas e estratégias do projeto para a embaixada do Brasil em Jacarta. O objetivo das associações e da Apex é angariar o apoio diplomático naquele país para fortalecer a imagem da pluma, ampliando mercados e alcançando novas perspectivas de negócios. Na Indonésia, de cada três fardos de algodão importados, um é do Brasil.


A qualidade e a competitividade do produto foram ressaltadas pelo embaixador José Dornelles. "É admirável a posição brasileira, e está claro que o trabalho árduo desenvolvido pela Abrapa e seus parceiros apresenta resultados positivos aqui, já que o Brasil exporta tanto quanto os EUA para a Indonésia", enfatizou Dornelles, que participou do encontro acompanhado pelo adido agrícola, Gustavo Bracale. "A Indonésia é um país interessante e bem desafiador. Um mercado ainda pouco explorado pelo agronegócio brasileiro e, por isso mesmo, temos um potencial grande de trabalho. Com certeza, poderemos ajudar na prospecção negócios", disse Dornelles.



Primeiro lugar



A meta da Abrapa é colocar o Brasil no primeiro lugar no ranking mundial de exportações de algodão até 2030, o que requer o estabelecimento de novas estratégias, tendo as embaixadas do país no exterior como aliadas. "Queremos melhorar o contato com o mercado asiático, possibilitando novos negócios e, assim, aumentar a confiabilidade. As embaixadas são excelentes canais de comunicação e aproximação de mercados", disse o presidente da Abrapa, Milton Garbugio.


Também presente ao encontro virtual, o vice-presidente da Abrapa, Júlio Busato, destacou a importância social da commodity. "O faturamento do algodão é três vezes maior e emprega cinco vezes mais do que a soja. O algodão brasileiro se aprimorou muito como produto e pelo modelo de produção. Os mercados precisam enxergar essa realidade", disse Busato, lembrando que o planejamento da execução logística das exportações também está entre os desafios da associação. "Queremos mostrar que alcançamos uma logística eficiente e provar que temos capacidade de exportação, embarcando com qualidade e em quantidade", afirmou Busato.



Escala



O Brasil é o maior produtor de algodão licenciado pela Better Cotton Initiative (BCI), já superou o desafio da sazonalidade e agora busca consolidar a imagem percebida da pluma junto ao mercado. "Temos que defender nossa liderança na Indonésia e conquistar, nos demais países, as altas taxas de aceitação que temos lá", avaliou o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte. "Estamos cada vez mais presentes e competitivos", ressaltou.


Participaram da reunião, o ex-presidente da Abrapa, Arlindo Moura, o vice-presidente, Alexandre Schenkel, o presidente da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), Carlos Moresco, o presidente da Anea, Henrique Snitcovski, o diretor da Anea, Miguel Faus, o coordenador de agronegócios da Apex-Brasil, Alberto Carlos Bicca, e a representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento, Rosi Bandeira.






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