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Treinamento aborda importância do conhecimento da “faixa de incerteza” dos laboratórios de HVI

29 de Abril de 2019

Nos dias 23 e 24 de abril, na sede da Abrapa, em Brasília, os laboratórios participantes do programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) participaram do treinamento "Incerteza de Medição". A iniciativa, alinhada ao terceiro pilar do programa, para a safra 2018/2019, focou em um requisito importante para a implantação de um Sistema de Gestão de Qualidade (SGQ), e contemplou conhecimentos estatísticos e de metrologia. Após o treinamento, o instrutor Clecio Dambinski, da empresa Qualabor, realizou um trabalho de assessoria específico para o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), para validar os cálculos de incerteza dos ensaios de comprimento, finura, uniformidade, resistência, grau de reflexão e grau de amarelamento aferidos pelo laboratório central. Esta assessoria foi concluída no dia 26 de abril.


Dentre os assuntos abordados no treinamento, foi feita uma análise do "Guide to the Expression of Uncertainty in Measurement" - (ISO-GUM - 1995), (NIS 3003), (EA 4/02), e NIT-DICLA 021 – INMETRO. Além disso, tratou-se de terminologia, Vocabulário Internacional de Metrologia (ISO-VIM) e Guia para a Expressão da Incerteza de Medição (ISO-GUM). Outros tópicos foram: Procedimento para determinação da incerteza segundo ISO-GUM e outros; Efeitos sistemáticos e efeitos aleatórios; Avaliação "tipo A" e "tipo B" da incerteza; Incerteza padrão, Incerteza combinada, Incerteza expandida, Fator de abrangência; Coeficiente de sensibilidade – para que serve e como determiná-lo, Fontes de incerteza – como identificá-las e quantificá-las; Conceitos básicos de estatística, dentre outros temas. A dinâmica do treinamento também incluiu uma parte prática, de conteúdo genérico com simulações e cálculos.


De acordo com o gestor de Qualidade da Abrapa, Edson Mizoguchi, cada laboratório tem resultados que comportam índices diversos de incerteza. Isso acontece porque as máquinas são diferentes – inclusive no tempo de uso de cada uma delas – e a diversidade de pessoas que fazem as análises também influencia nos resultados. "Quando se sabe qual o grau de imprecisão, as chances de acerto dos laudos são maiores. Isso incrementa a nossa credibilidade junto ao mercado, o que é grande parte do objetivo da Abrapa com o programa SBRHVI", afirma.


Nos aspectos metrológicos, a incerteza de medição é parte crucial da confiabilidade da medida. "Existe um erro a cada medida, e saber isso é critico. É uma exigência de mercado, e uma obrigação para os laboratórios acreditados. Com o conhecimento da faixa de incerteza, o cliente pode concluir se aquele laboratório é adequando para sua necessidade", atesta Clecio Dambiski.


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