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Abrapa e MackGraphe dão mais um passo rumo à parceria para estudo da aplicabilidade do grafeno na cotonicultura

14 de Março de 2017

Após a segunda visita do presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Arlindo de Azevedo Moura, e do diretor executivo da entidade, Marcio Portocarrero, às instalações do Centro de Pesquisa Avançada em Grafeno (MackGraphe) da Universidade Presbiteriana Mackenzie, ocorrida na segunda-feira (13/03) em São Paulo, uma nova etapa foi cumprida na aproximação entre produtores e cientistas para analisar as possíveis aplicações do grafeno na cotonicultura. No dia 11 de abril, pesquisadores do MacGraphe viajam para Brasília para conhecer o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA) e uma fazenda produtora da fibra, pertencente à empresa SLC Agrícola, em Luziânia (GO).


O objetivo da visita é apresentar ao grupo da Mackenzie o modo produção e a tecnologia envolvida nos processos de cultivo e beneficiamento do algodão, para estudar a possibilidade de agregar a eles o grafeno, o mais forte e impermeável material do planeta, derivado do grafite. De acordo com Arlindo Moura, o elemento poderá ser incorporado tanto a máquinas e implementos agrícolas nas fazendas, quanto – em outra etapa da cadeia produtiva – à composição dos tecidos de algodão, conferindo a estes uma infinidade de atributos tecnológicos.


“O grafeno, considerado o ‘novo silício’, já é uma realidade muito próxima nas tecnologias de comunicação, como chips, fibras óticas, etc. Na indústria têxtil, promete ser revolucionário na concepção de tecidos inteligentes, capazes de monitorar a temperatura do corpo humano, a pressão arterial, o nível de colesterol de quem está usando, etc. Temos um mundo a desbravar”, afirma Moura, lembrando que a cotonicultura é uma das atividades agrícolas que mais incorporam tecnologia. “Os parâmetros atuais de produção de algodão no Brasil são uma prova disso. Não seríamos o quinto maior produtor mundial se não fosse a pesquisa da Embrapa e de diversas instituições públicas e privadas, sobretudo universidades, que trabalharam na pesquisa e desenvolvimento de variedades adaptadas às condições de cerrado transformando uma região desacreditada em um dos maiores polos de produção de algodão do mundo”, disse.

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